Os servos do pecado e os filhos da luz
24/02/2025 18:16
Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.
Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
João 8: 31-36
Numa discussão entre Jesus e os seus opositores religiosos fariseus, estes últimos muito se indignaram quando Jesus lhes revela que não eram livres. Mas o tipo de servidão a que Jesus se referia ainda se verifica hoje com a humanidade em geral, pois quem não conhece a verdade - que é Jesus - é efetivamente um escravo. Mas escravo de quê ou quem?
Nessa mesma discussão Jesus tem uma enigmática afirmação:
“Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.”
Mas o que quer ele dizer com isso?
Vamos então neste estudo analisar estas questões:
Escravos do pecado
Jesus nos responde ao que se deve a servidão no próprio diálogo, pois diz que "aquele que comete pecado é servo do pecado" e da mentira. E os pecados que escravizam podem ser muitos e variados, desde os de caráter pessoal, como o orgulho, soberba, ingratidão, hipocrisia, idolatria, etc., até aos de prisão carnal, como vícios, amor ao dinheiro, bens materiais, etc. ou ainda o simples gosto de ser um amante da mentira.
Mas seja o que for, mesmo muitas vezes sem saber, as pessoas tornam-se escravas dos seus pecados pois ficam dependentes pela continuidade das suas vidas, não apontando ao mais importante que é a salvação das suas almas.
Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.
E se aqueles que deliberadamente rejeitam a verdade/Jesus já são escravos do pecado que não lhes permite querer ver a luz, preferindo viver nas trevas que não acusa a sua consciência, outros há, que temporariamente até se alegram quando têm um vislumbre da verdade, mas vindo os desejos, as paixões ou as vicissitudes desta vida logo caem novamente para as trevas. Tal acontece porque segundo o Mestre todos estes não têm espírito de “filhos de Deus”, mas sim de servos.
Muitos seguiram o Senhor ao longo da sua vida, mas poucos souberam permanecer em sua palavra até o final. De certa forma, poderíamos dizer que poucos se comportavam como filhos: o escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Os que não perseveravam não estavam enraizados em sua filiação divina. Os que não perseveraram fugiram porque a sua fidelidade, o seu motor, a sua aparente retidão de intenção, eram a do servo. Estes mesmos, vivendo temporariamente na luz e na verdade têm o seu amor é ao pecado e nunca vivem como filhos da luz, mas como servos do pecado.
Seguir o Senhor não é deixar-se levar por um impulso passageiro. Acreditar n’Ele implica permanecer em Sua palavra, que é a única que conduz ao conhecimento da verdade libertadora; que inclui a verdade sobre nós mesmos, é querer apontar a algo superior prometido na eternidade desconsiderando os prazeres transitórios do pecado.
Conclusão

Sendo assim é realmente uma factualidade que ou somos filhos e desejamos estar na verdade com o Pai, ou somos servos e não temos o espírito devido para ter uma vida permanente na família da luz.
Se amarmos o pecado ou queremos viver na mentira, somos escravos e não livres. Embora muitos pensem que fazer o que se quer é liberdade, na verdade as coisas não resultam dessa forma e sim de forma diametralmente oposta.
Aliás satanás vende essa mesma falácia, mas se pararmos para pensar, facilmente entendemos que se praticamos o pecado e o amamos, nos tornamos depressa escravos do mesmo, A verdadeira liberdade é saber que fazer o certo é o certo, e o errado nos trará amarras e consequências que mais tarde ou mais cedo cobrarão o seu preço.
Conforme está escrito:
12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
1 Coríntios 6:12
Fonte:
Evangelho da quarta-feira: o filho permanece
opusdei.org/pt-br/gospel/evangelho-4f-5-semana-quaresma/