A Verdadeira teologia da prosperidade
17/01/2017 15:42
Respondeu Jesus: "Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho,
Pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
Respondeu Jesus: "Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho, deixará de receber cem vezes mais já no tempo presente casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida eterna.
Respondeu Jesus: "Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho,
deixará de receber cem vezes mais já no tempo presente casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida eterna.
Marcos 10:29,30
Prosperidade
Sim, realmente é verdade que Deus quer a total prosperidade de todos nós, mesmo neste mundo, mas a verdadeira teologia da prosperidade que hoje muitas igrejas apregoam está longe de ser algo que ajude o individuo a alcançar a salvação.
A teologia da prosperidade nas igrejas
Em poucas palavras, a teologia da prosperidade é o conceito de que Deus deseja riqueza para todos os seus filhos e de que, se algum filho de Deus ainda não é rico, seria porque ele não está “semeando” corretamente. Segundo essa teologia, o semear corretamente seria ofertar dinheiro no ministério de alguém rico, ou em algum rico ministério, a fim de se colher da mesma prosperidade que essa pessoa ou instituição usufrui “da parte de Deus”. Basicamente, é isso.
Não iremos aqui teologicamente muito a fundo demonstrar o perigo e a vigarice que se esconde por trás desta teologia, tentaremos sim expor como se pode obter a verdadeira prosperidade, mas ainda assim convém elencar 8 pontos críticos à teologia da prosperidade comum:
1) Ela acerta quando diz que Deus tem prazer em abençoar seus filhos com bençãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que qualquer benção vinda de Deus é graça e não um direito que nós temos e que podemos reivindicar ou exigir dele.
2) Ela acerta quando diz que devemos sempre declarar e confessar de maneira positiva que Deus é bom, justo e poderoso para nos dar tudo o que precisamos, mas erra quando deixa de dizer que estas declarações positivas não têm poder algum em si mesmas para fazer com que Deus nos abençoe materialmente.
3) Ela acerta quando diz que Deus faz milagres e multiplica o azeite da viúva, mas erra quando deixa de dizer que nem sempre Deus está disposto, em sua sabedoria insondável, a fazer milagres para atender nossas necessidades, e que na maioria das vezes ele quer nos abençoar materialmente através do nosso trabalho honesto.
4) Ela acerta quando identifica os poderes malignos e demoniacos por detrás da opressão humana, mas erra quando deixa de identificar outros fatores como a corrupção, a desonestidade, a ganância, a mentira e a injustiça, os quais se combatem, não com expulsão de demónios, mas com nossas ações concretas no âmbito social, político e económico.
5) Ela acerta quando diz que Deus costuma recompensar a fidelidade, mas erra quando deixa de dizer que por vezes Deus permite que os fiéis tenham tribulação aqui neste mundo buscando a sua edificação.
6) Ela acerta quando diz que podemos pedir, orar e buscar prosperidade, mas erra quando deixa de dizer que um não de Deus a estas orações não significa que Ele está irado connosco..
7) Ela acerta quando nos encoraja a buscar uma vida melhor, mas erra quando deixa de dizer que a pobreza não é sinal de infidelidade e nem a riqueza é sinal de aprovação da parte de Deus.
8) Ela acerta quando nos encoraja a buscar a Deus, mas erra quando induz os crentes a buscá-lo em primeiro lugar por aquelas coisas que a Bíblia constantemente considera como secundárias, passageiras e provisórias assim como os bens materiais.
Resumindo, a teologia da prosperidade defendida por uma grande maioria das igrejas, identifica um ponto biblicamente correto, abstrai-o do contexto maior das Escrituras e o utiliza como lente para reler toda a revelação, excluindo todas aquelas passagens que não se encaixam. A teologia da prosperidade nada mais é do que a troca da mensagem “Deus quer que você se arrependa” pela mensagem “Deus quer que você seja rico”.
Ao final, o que temos é uma religião tão diferente do Cristianismo bíblico que dificilmente poderia ser considerada como tal.
A Verdadeira teologia da prosperidade
Mas afinal o que está errado com os cristãos para que tantas vezes não consigam a prosperidade esperada e até prometida na escritura?
Realmente num mundo em que temos uma batalha espiritual entre luz e trevas pela alma do homem (um verdadeiro purgatório), é realmente difícil estar sempre na luz e ser totalmente bem sucedido materialmente em tudo, apesar de, como veremos adiante, não ser impossível.
A Bíblia nos diz numa carta de Paulo a Timóteo:
Pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição,
pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.
1 Timóteo 6:7-10
O dinheiro é uma grande ferramenta de satanás para destruir o homem
Ou seja, todos aqueles que neste mundo desejam a riqueza e sucesso material (acima da salvação) - pessoas essas que são o alvo das igrejas que pregam a teologia da prosperidade - arriscam-se a cair na armadilha mortal da cobiça, subindo-lhes totalmente as riquezas à cabeça. Ficando ricos logo esquecem a palavra de Deus e a mensagem de piedade e amor ao próximo do evangelho e nas suas paixões e desejos logo perderão a sua alma.
Contradição entre Jesus e Paulo?
Mas então como compatibilizar as palavras de Jesus em Marcos que colocamos no inicio deste artigo, com esta realidade também patente no evangelho que nos afirma que neste mundo já é bom nos contentarmos apenas com termos o que comer e o que vestir?
Relembremos as palavras de Jesus atentando ao sublinhado:
Respondeu Jesus: "Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho, deixará de receber cem vezes mais já no tempo presente casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida eterna.
Marcos 10:29,30
Então, atentando ao sublinhado, percebemos que realmente é possível já neste tempo termos toda a prosperidade, mas ela não vem para todos os que se dizem cristãos. A prosperidade material para o cristão só chega para aqueles que colocam a Jesus e ao evangelho acima de tudo na sua vida, inclusive daquelas coisas que podem parecer mais importantes.
Este tipo de cristão já entendeu claramente o que está em causa neste mundo, ele sabe que a vida na matéria é ilusória e que tudo aqui é vaidade, ele sabe que apenas o que está em causa nesta vida é a salvação da sua alma e a dos outros.
A Perseguição
A escritura nos diz que este cristão apesar de poder ter prosperidade material sofrerá também perseguição. Isso acontece pois ele colocará como prioridade em sua vida pregar o evangelho e a maioria das pessoas vai lutar contra ele devido a esse fato.
Nos dias atuais ele será taxado de louco e de acreditar em teorias da conspiração, perderá amigos e até muitos familiares lhe virarão as costas. Ele sofrerá ameaças e a sua própria vida estará em risco por dizer a verdade. Mas isso pouco lhe importa pois ele sabe que até os seus fios de cabelo estão contados e que nada lhe poderá acontecer sem que Deus permita (Lucas 12:7).
Neste caso não se admire por ver este cristão fortemente abençoado pelo Senhor, pois na verdade o Senhor prometeu que assim seria. Mas este cristão não acumulará riquezas para exibir aos outros ou por vaidade, mas sim também para ajudar à salvação do mundo pondo a sua prosperidade também ao serviço da pregação do evangelho.
Cada um terá o que consegue gerir
Deus só dá a cada um dos que desejam a salvação exatamente aquilo que eles conseguem gerir sem hipotecar essa mesma salvação. Deus não vai dar riquezas materiais aqueles seus eleitos que não as saberão gerir de forma adequada ou em que pode existir a possibilidade de ensoberbamento, fazendo das riquezas uma armadilha espiritual. Satanás é astuto e desviar o homem que detém muitas riquezas é relativamente fácil, seja pelo caminho da avareza, da soberba ou do orgulho.
Seja próspero
O meu profundo desejo é que você que lê estas palavras seja realmente próspero em tudo que faz, para isso será necessário: coragem, fé e até um pouco de loucura para conseguir pregar o evangelho a um mundo totalmente cego e, esse sim, totalmente louco.
Desta forma lhe demos aqui o segredo para ser próspero e lhe garantimos que funciona pois realmente Deus quer a sua prosperidade. Mas para isso acontecer pergunte ainda a si mesmo:
- Será que eu estou disponível para suportar os insultos e perseguições trazidas por pregar a total verdade a um mundo caído e governado por satanistas?
- Será que eu não serei dominado pela cobiça e vaidade devido às riquezas?
Dependendo da sinceridade das respostas e por consequência de você também ser honesto, integro e correto em todo o seu comportamento, você pode ter a certeza que Deus o abençoará e você será próspero. Mas caso tenha alguma dúvida contente-se em ter diariamente o que comer e o que vestir e dê um GLÓRIA A DEUS, pois só assim você não correrá riscos de ganhar o mundo, mas perder a alma.
"Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?”
Nota final: Neste artigo apenas abordamos a situação de cristãos e pessoas "normais" face às riquezas, não abordamos casos "anormais" como dos famosos e bilionários. Para enquadrar essa caso temos este artigo:
Mas aí de vós ricos!
www.nunes3373eb.com/news/mas-ai-de-vos-ricos/
Fontes:
Onde está o erro na teologia da prosperidade
Afinal, o que está errado com a teologia da prosperidade?
tempora-mores.blogspot.pt/2012/06/afinal-o-que-esta-errado-com-teologia.html