A mulher samaritana e a verdadeira religião (Parte2) - A Profecia revelada
03/12/2015 12:00
Veja primeiro:
A mulher samaritana e a verdadeira religião (Parte 1) – Apoio ao estudo do texto
https://www.nunes3373eb.com/news/a-mulher-samaritana-e-a-verdadeira-religiao-parte-1-apoio-ao-estudo-do-texto/
Agora que já lemos a passagem e sabemos que por trás da mesma existe uma mensagem profética, vamos então analisá-la ao pormenor. Como já foi dito, Jesus tendo necessidade passou por território samaritano, mas Jesus não fazia nada por acaso, tudo era feito com um propósito bem definido, na verdade Ele queria nos revelar algo através desta experiência.
Como vimos na primeira parte os samaritanos eram considerados pagãos pelos judeus (assim como todos os estrangeiros), embora tivessem alguns laços culturais e até religiosos com eles, muito à semelhança das nações de maioria cristã da atualidade.
Quando Jesus entrou na cidade, foi até ao poço de Jacó, um poço cheio de tradições, a fonte de Jacó (patriarca bíblico) representava a cultura religiosa dos samaritanos. Jesus se sentou ao lado do poço, tomando profeticamente o seu lugar de autoridade. Ele queria confrontar e mudar a tradição/cultura religiosa do território para poder governar sobre ele.
O uso da simbologia na análise ao texto
Jesus se encontrou com uma mulher da região, uma samaritana, e se nos recordarmos do exposto na parte 1 sobre simbologia, sabemos que muitas vezes o termo "mulher" poderá representar uma igreja (dependente do contexto).
Atentemos à mulher junto ao poço em João 4. Quem é ela? Uma prostituta que atravessa os homens como se fosse água? Uma vítima de homens cruéis que morrem ou ficam entediados com ela?
Como é óbvio João 4 vem logo depois de João 3. E o que há no final de João 3? João Batista falando em símbolos: ele é o padrinho apresentando o Grande Noivo (Cristo) que avança, vindo buscar sua Noiva (Igreja). E então o que temos no início de João 4? Aquele mesmo noivo, será que aquela mulher poderá ser uma representação da sua noiva, a Igreja Cristã?
Sendo assim, neste caso, como a samaritana era estrangeira para os judeus, a possível igreja representada será uma imagem profética da futura igreja cristã que surgiria nas diversas nações estrangeiras. Essa igreja efetivamente surgiu e até ainda hoje subsiste. Essa é a Igreja cristã atual (que engloba todas as denominações católicas ou evangélicas) e que por muitos anos tem bebido do poço da religiosidade, da lei, da tradição, dos dogmas e até (em alguns casos) da influência pagã, tal como viviam os samaritanos.
O catolicismo é um claro exemplo da doutrina cristã misturada com paganismo
A mulher samaritana (igreja) estava sedenta e precisava tirar água do poço de Jacó, da tradição. Jesus olhou para ela e disse: “Dá-me de beber”, despertando no seu espírito a sede por uma água diferente. Jesus pediu de beber não porque Ele precisava de água, mas para mostrar o estado no qual se encontrava aquela mulher, um estado de sequidão, assim como a Igreja atual, bebendo muitas vezes da religião, da tradição e que nunca sacia sua sede.
Jesus lhe disse que se ela verdadeiramente soubesse quem lhe estava pedindo, ela é que lhe pediria água para beber. Ele estava mostrando que tinha uma água superior àquela que ela buscava. A mulher ficou curiosa para saber que água era esta que Jesus tinha, pois pensava que para beber a água teria que ter um esforço humano. Mas Jesus estava oferecendo algo que não precisava do esforço humano (obras), apenas de fé (graça).
A religião exige um esforço humano, mas Jesus oferece a salvação pela graça, a água viva, que se tornaria numa fonte onde nunca mais a igreja teria sede. Não podemos prosseguir tomando da água da religião, temos que pedir a Jesus verdadeira água que mata nossa sede. Viver em uma rotina faz com que entremos num estado de morte.
O Confronto
Contudo, no meio dessa oferta da água viva, Jesus faz um confronto profético com a mulher. Perceba que no versículo 16, Jesus muda o diálogo e pede à samaritana para chamar o seu marido. Ela responde que não tinha marido e Jesus disse que ela falava a verdade, pois cinco passaram por ela e não eram seus maridos, e ainda o que ela tinha também não era seu marido. Este sexto marido representa a sexta cultura que adorava a Deus, porém ela não tinha também uma aliança forte com Ele. É aqui nesta parte que se encontra a essência da adoração. Ela era uma mulher anónima, isto nos revela que Jesus não estava falando apenas para si, Ele estava se referindo ao território. Quando Ele pediu para chamar seu marido, não se referia ao marido físico e sim ao espiritual. Havia um adultério espiritual e cultural naquela região e Jesus estava denunciando essas alianças. O adultério de Samaria era a mistura de cinco culturas pagãs com que ela tinha aliança, e que estão representadas pelas cinco culturas/maridos que a influenciaram (Babilónia, Cuta, Hamate, Ava, Sefarvaim - podemos verificar esses cinco maridos na passagem de II Reis 17:24-33). Jesus confronta a samaritana no contexto da sua adoração. Ela era uma mulher idólatra.
A Igreja atual
Hoje, a igreja atual também sofre diversas influências e alianças que nada têm a ver com o verdadeiro cristianismo bíblico. Semelhantemente à samaritana, para beber da água viva que o Eterno tem a nos oferecer como Igreja, temos que nos arrepender dessas alianças e deixarmos o cântaro velho. A adoração verdadeira que Jesus fala é quebrarmos estas alianças com as influências pagãs e/ou dogmas que ainda nos dias de hoje se encontram presentes em nossas igrejas. A sua confissão é recebida por Jesus como uma oferta de adoração. Temos que nos separar desses ídolos. Quando a samaritana confessou que não tinha marido, Jesus a fez livre e não apenas ela, mas toda Samaria.
A Mensagem para a igreja actual
Hoje, a Igreja de Cristo tem de confessar suas iniquidades, pecados, dogmas, idolatrias e antigas tradições tal como a mulher samaritana fez para ser liberta, pois conforme vemos na passagem, a Deus interessa quem o adora em espirito e em verdade:
“Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade".
João 4:24
Para isso devemos entender que é no dia-a-dia com nossa fé e atitude que realmente demonstramos o nosso amor ao Pai celestial. A palavra da Bíblia tem que se sobrepor às doutrinas humanas tantas vezes encontradas nas igrejas ditas cristãs, sejam elas de que denominações forem.
As profecias
1) Surgimento de igreja cristã nas nações estrangeiras!
Como vimos esta passagem era profética e já nos demonstrava o posterior surgimento de uma igreja cristã entre as nações estrangeiras, igreja essa que teria várias influências pagãs e que ainda não seria exactamente o que Deus procura, mas ainda assim sabemos que esse percurso foi importante para difundir o evangelho. Esta profecia foi inteiramente realizada e verificada até aos dias de hoje.
2) A igreja será mundial
Mas as profecias não acabam aqui, reparem também na frase do versiculo 35 da passagem:
Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’?
João 4:35
Como é óbvio Jesus se refere à colheita das almas para a salvação, o uso do número 4 - que significa coisas do mundo - implica que essa igreja estará espalhada pelos 4 cantos do mundo, o que efectivamente também se verificou pois em todos os países existem cristãos.
3) A Bíblia se sobreporá às igrejas humanas
Com a seguinte frase vemos que no final a palavra de Deus se sobreporá aos dogmas das igrejas nos verdadeiros adoradores:
“E disseram à mulher: "Agora cremos não somente por causa do que você disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador do mundo".
João 4:42
Esta é a fase actual que vivemos, muitos cristãos têm já percebido que suas igrejas estão dominadas por um poder que não é cristão, muitos têm conseguido discernir a diferenças das doutrinas humanas e da verdadeira doutrina divina dentro das suas igrejas, este é um passo fundamental para todo o verdadeiro crente.
4) O Tempo que decorrerá
E terminando temos ainda a profecia de quanto tempo é que decorrerá entre a chegada da igreja cristã entre as nações estrangeiras e a segunda vinda de Jesus:
Depois daqueles dois dias, ele partiu para a Galileia.
João 4:43
Vimos que na Bíblia 1000 anos são muitas vezes representados como 1 dia:
“Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.”
2 Pedro 3:8
Assim, e como nada nas escrituras está lá por acaso, entendemos que os dois dias representam aproximadamente 2000 anos entre a chegada da igreja às nações e a volta de Jesus. Sendo assim vemos que estamos atualmente a viver já na última fase da igreja e que a parusia (2ª vinda) é iminente, aliás e como temos visto em diversos artigos os sinais estão todos aí.
Conclusão
Como vimos, esta passagem é um belo exemplo da magia da leitura da Bíblia e das suas fantásticas revelações. Num relato que à primeira vista parece apenas oferecer a história da chegada do cristianismo aos samaritanos, vemos que estão escondidas mensagens proféticas, algumas que efectivamente já se verificaram, e outras que nos mostram o que está prestes a se verificar, confortando os nossos corações na esperança da infalibilidade da Palavra do Criador! (Podemos garantir ao leitor que a Bíblia está repleta deste tipo de mensagens proféticas, esta não é a única.)
Ainda nesta passagem Jesus no diálogo com a samaritana nos mostra o que a Deus realmente interessa e o que devemos ter sempre presente como verdadeiros cristãos:
Amar a Deus em Espírito e em Verdade, nada de sacrifícios, dogmas, ritos ou idolatrias.
Quem realmente O Ama em espírito e verdade sabe discernir o que efectivamente provém de Deus e pode estar confortado pela promessa do seu rápido retorno para governar com Paz, Amor e Justiça para toda a Eternidade!
MARANATA!
Fontes:
Os Cinco Maridos da Mulher Samaritana
https://apostolofernando.com.br/artigos/os-cinco-maridos-da-mulher-samaritana/